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Como evitar 3 decisões equivocadas em uma reforma

Atualizado: 16 de jan. de 2020


Há um bom tempo que não posto neste espaço!

Vida ocupada, muito trabalho, mas as idéias sempre aparecendo...faltava só parar um minuto e colocá-las aqui :)

Enfim, mini-introdução feita, vamos ao que interessa! Uma reforma, assim como uma construção nova, é feita basicamente de uma série de decisões que são tomadas em sequência. A primeira delas, obviamente, é a escolha dos profissionais que irão executar o serviço.

Só que além disso, há uma série de outras decisões "escondidas" que podem fazer a diferença entre seu projeto ser um sucesso ou uma perda de tempo - e dinheiro!

Então vamos à elas:

1) NÃO ESCOLHER UM ARQUITETO COMPATÍVEL COM A SUA NECESSIDADE

Sim, escolher um arquiteto é bem complicado! Há muitas variáveis envolvidas, tem a questão do gosto pessoal, e as pessoas que não são da área obviamente vão confiar na indicação de conhecidos e pessoas próximas à elas. Mas é aí que mora o problema...

Eu, por exemplo, sou um arquiteto especializado em reformas. Coloque qualquer espaço a ser reformado na minha frente, principalmente se for bem antigo, e de cara já irei perceber o potencial de transformação, onde deverão ser controlados os custos, onde estão as armadilhas financeiras e de cronograma daquela obra. Agora se você me pedir para fazer um projeto de paisagismo para seu condomínio, apesar de entender toda a dinâmica dele por ser arquiteto, não saberei nem por onde começar! Deu pra entender? Se podemos considerar um confeiteiro como um chef, apesar de também ser um profissional da cozinha, não seria ele a primeira pessoa que eu procuraria para fazer uma pizzada para minha família certo? O mesmo deve ser aplicado para a Arquitetura!

Então preste muita atenção no tipo de especialista que você vai escolher para solucionar seu problema e realizar seus sonhos! Se estiver com muitas dúvidas, tenho um guia voltado somente para a escolha do arquiteto correto para sua obra.

2) NÃO INVESTIGAR A FUNDO SUA REAL NECESSIDADE ANTES DE INICIAR O PROCESSO DE DESIGN

Bom design custa caro! Simples assim. Nós arquitetos gastamos um bom tempo solucionando todas as questões de design quando estamos com um projeto na mesa ou na tela do PC. E nosso tempo tem um alto custo, não tem jeito.

Sem falar que o custo de pular etapas iniciais de descoberta de necessidade é altíssimo! A matemática é simples: corrigir é sempre muito mais difícil do que começar corretamente!

Portanto o MAIS IMPORTANTE antes de entrar nessa fase de design é investigar a fundo todas as possibilidades, e definir exatamente quais são as reais necessidade de projeto. Por isso que meu processo de atendimento ao cliente nunca começa pela fase de design! Esta é uma segunda ou terceira etapa que somente será iniciada após o acerto definitivo e final do que realmente o cliente quer e precisa.

3) SUBESTIMAR A QUANTIDADE DE DECISÕES QUE TERÃO QUE SER TOMADAS NO PROJETO E NA OBRA

Essa é clássica! A pessoa contrata um projeto básico, acha que vai ficar "um absurdo" pagar pelo projeto completo e sai construindo em cima daquela idéia inicial. Tem uns que fazem pior e arrumam algum conhecido ou técnico indicado para "assinar a ART" e saem por aí fazendo tudo por conta própria (o que inclusive é ilegal). O que esta pessoa vai ter de dor-de-cabeça não está escrito - e na minha opinião vai ser mais do que merecido!

Não vou aqui desfiar a novena do arquiteto que reclama ad eternum que as pessoas não querem pagar corretamente por um projeto. Mostre valor e o custo fica pequeno; é assim que penso. Mas vou deixar aqui um exemplo básico - e até meio recente - do que acontece no meu dia-a-dia.

- Durante o projeto de um apartamento, decidimos fazer um canto alemão para a sala principal.

- A cozinha já estava com azulejo de vários motivos coloridos, principalmente em tons de laranja e azul.

- Como haviam duas grandes paredes opostas na sala, achamos por bem fazer a combinação com a cozinha e pintar uma parede de azul, e outra de laranja.

- Mas isso implicou que as luminárias deveriam seguir um tom neutro, ou seja, branco, inclusive para não roubar tanta atenção do piso de cimento queimado e dos futuros objetos de decoração.

- Juntando todos esses objetos, foi decidido usar também tons claros nas persianas, sendo que o persianas laranjas poderiam ser usadas se o cliente quiser algo mais ousado.

- As futuras almofadas provavelmente seguirão esse padrão, usando um tom cinza escuro para combinar com o banco de concreto.

E por aí vai...

Percebem como para um ambiente simples, de um projeto relativamente pequeno, várias decisões em sequência tiveram que ser tomadas, todas em função umas das outras? Agora imagine fazer tudo isso sem a ajuda de profissionais de confiança! Não sei para vocês, mas para mim seria um pesadelo.

Hoje o texto foi curto, eu sei (é domingo e também sou filho de Deus né?). Mas com essas três dicas em mente, tenho certeza que sua tomada de decisão será muito mais consciente daqui para frente.

É isso! Abraços e bons projetos!

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